Comissão de Honra
Bienal MoAC Biss
É autor de quatro romances e oito peças de teatro, tendo algumas das suas obras publicadas em países como Brasil, França, Alemanha, Inglaterra e Itália. É co-fundador da primeira editora privada do país, a Ku Si Mon Editora (1994). Foi Presidente da Associação de Escritores da Guiné-Bissau e do Centro PEN da Guiné-Bissau, instituições de que é igualmente co-fundador. O seu envolvimento na promoção da literatura e da literacia quer como autor, editor ou simples ativista tem merecido um reconhecimento crescente. Em 2013 foi condecorado pelo Estado francês, que o nomeou “Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres”.
É Assistente Social, foi membro da Comissão Nacional de Coordenação da Alfabetização (1977-80), tendo assumido a Direção do Departamento de Educação de Adultos entre 1980 e 1993, quando lançou um ambicioso projeto piloto de alfabetização em 5 línguas maternas e pós-alfabetização em português.
Dirigiu a SOLIDAMI - Instituto público encarregue pela coordenação da Ajuda Não-Governamental e apoio à emergência de ONGs nacionais (1985-1992). Foi co-fundadora da TINIGUENA – Esta Terra é Nossa! – uma das primeiras ONGs guineenses (1991), exerceu funções de Secretária-geral da mesma organização durante 20 anos. em 2012, recebeu o “Prémio Ramsar para a conservação das Zonas Húmidas” na categoria de gestão. É autora de vários estudos e publicações entre os quais “Direitos Económicos das Mulheres” e “Redes Colaborativas de ONGs”.
É gestor e cultural e diretor de festivais World Music, que trabalha para desenvolver atividades musicais populares no mundo, com foco na cultura marroquina e africana. É diretor fundador da organização de gestão cultural Anya. Empenhado na promoção da cultura Amazigh, El Mazned atuou como diretor artístico do Timitar Festival of World Music em Agadir, Marrocos. Atualmente é o diretor fundador do Visa for Music - o primeiro festival e mercado profissional de música na África e no Oriente Médio.
É especialista em património, ex-presidente e investigador no Instituto do Patrimônio Cultural de Cabo Verde. Colabora com a Fundação Amílcar Cabral na elaboração do dossiê de candidatura dos Fundos Arquivísticos de Amílcar Cabral para o Registo Internacional da Memória do Mundo da UNESCO. Consultor da UNESCO para as classificações de Sítios Africanos no Património Mundial (Cidade Velha/ Cabo Verde; Grand-Bassam/Costa do Marfim; Mbanza Kongo/Angola; Lago Chad, Niger/Nigéria/Chad/Camarões; Bijagós/Guiné Bissau; Os sítios de memória de Nelson Mandela, África do Sul). Mentor do Terceiro Ciclo do Relatório Periódico da UNESCO sobre os Sítios Africano do Património Mundial e formador em capacitação na Convenção do Património Mundial dos técnicos africanos dos países de língua francesa e portuguesa.
Desde 2012, desempenha funções do Diretor Executivo da ONG guineense Tiniguena e em 2018 recebeu o prémio humanitário Pan-Africano de Excelência em Pesquisa e Impacto Social (PALEDEC).
É cineasta, um dos pioneiros do cinema guineense e autor da primeira longa metragem do país, “Mortu Nega” (1987). É Co-realizador de dois filmes com Sérgio Pina e foi assistente de Chris Marker e de Anita Fernandez. Com a sua autoria, realizou vários filmes entre os quais: “O Regresso de Cabral”, documentário (1976), “A Reconstrução”, documentário co-realizado com Sérgio Pina (1977); “Anós nô Oça Luta”, documentário co-realizado com Sérgio Pina (1978), “Os Olhos Azuis de Yonta” (1992), “Pó di Sangui”, etnoficção (1996), “Nha Fala” (2002), “As duas faces da Guerra”, documentário co-realizado com Diana Andringa (2007), “República di Mininus” (2013), “O Vendedor de Histórias”, ficção-documentário (2017). Em 2000 foi condecorado pelo Estado francês, que o nomeou “Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres”.
Modelo, considerado um dos manequins mais mediáticos e que soma vários êxitos, faz parte de entre os 50 melhores modelos do mundo. Recebeu duas vezes o Globo Ouro de Melhor Modelo Masculino (2014 e 2015), sendo o prémio o reconhecimento da brilhante carreira que Cabral tem trilhado nas passarelas internacionais. Desde 2017 tem desfilado para marcas como Roberto Cavalli, Massimo Dutti, Givenchy, Lacoste, Berluti, Cerruti e John Elliot e foi a cara de várias campanhas como Tom Ford, H & M, Hugo Boss e J Crew. Em 2016, o modelo foi nomeado GQ Men of The Year.
Mestre em Multimeios, especialista em Políticas e Gestão Cultural e graduada em Comunicação Social. Pisani participou de cursos, eventos e programas internacionais de visitantes organizados por países como Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Reino Unido, Turquia e Chile. Gerente da Assessoria de Relações Internacionais do SESC São Paulo (Serviço Social do Comércio), atua na elaboração de estratégias e implementação de cooperações de interesse multilateral nas diferentes áreas em que a instituição atua com representações oficiais, organizações e profissionais estrangeiros. Entre seus focos atuais está a ampliação da rede de colaboração entre América Latina e África.
Historiadora e ex-reitora da Universidade Lusófona de Cabo Verde. Foi diretora dos Arquivos da Assembleia Nacional de Cabo Verde e participou na elaboração do primeiro volume da História Geral de Cabo Verde. Atualmente, integra o Conselho da Fundação Amílcar Cabral e muitas outras instituições académicas e pan-africanas. É autora do livro “A Primeira Elite Colonial Atlântica: dos homens honrados brancos de Santiago à “nobreza da terra” nos finais do séc: XV - início do séc: XVI” (2015) e co-editora com C. Furtado, B. Barry, P. Sané e Y. Guillaud da obra “Les États-nations face à l’intégration régionale en Afrique de l’Ouest. Le cas du Cap-Vert” (2010). Membro da Agenda Cultural de Bissau.
É pintora mural e artista de pastagem. Artista autodidata com formação académica em Ética Médica e Ciências da Saúde, só decidiu seguir a sua carreira artística totalmente em 2018. O seu trabalho está agora representado em coleções internacionais privadas e públicas com mais de 80 murais privados e públicos de grande escala no seu currículo. Foi também a primeira mulher portuguesa a ser classificada no top 100 mundial em street art com o seu mural “A Linguagem das Flores”, que ficou em 35º lugar a nível mundial em 2023. O seu trabalho é introspetivo e autobiográfico, onde usa textos secundários, imagens e a identidade visual das suas figuras para explorar nossa verdadeira natureza versus crenças impostas e expectativas sociais.
É um dos grandes nomes da indústria musical cabo-verdiana. Graças à sua intuição, conhecimento do mercado e experiência profissional invejável, “Djô da Silva” como é conhecido já lançou dezenas de carreiras artísticas. Cesária Évora foi, talvez, a mais emblemática e quem mais o marcou na sua já longa trajetória de produtor musical, cheia de sucessos e conquistas. A projeção internacional da música cabo-verdiana e dos artistas africanos, bem como a promoção de sonoridades, ritmos e melodias africanas tem sido a sua aposta juntamente com valorização da música africana nos mercados mundiais através de participação em festivais. Nesse âmbito organizou durante cinco anos o festival Baía das Gatas, co-criou iniciativas emblemáticas como Atlantic Music Expo e o Kriol Jazz Festival, juntando produtores, editores, jornalistas e artistas de todo o mundo.
Iniciou os trabalhos na música em 1998, buscando novos caminhos para a música urbana portuguesa. Fez várias colaborações com artistas como Sara Tavares, Sam The Kid, Nuno Artur Silva, entre outros. Em 2003, juntou-se ao produtor João Barbosa, onde formaram o duo 1 Uik Project e fundaram a Enchufada, núcleo de produção musical, editora independente responsável pela edição do projeto Buraka Som Sistema. Kalaf foi cronista do jornal português Público e da GQ Portugal, bem como do jornal independente Rede Angola. Atualmente escreve crônicas para a revista brasileira Quatro Cinco Um. Suas crônicas estão reunidas em duas coletâneas: Estórias para meninos de cor (2011) e O Angolano que comprou Lisboa (por metade do preço), (2014), ambos publicados pela Editora Caminho.
É fundadora e presidenta da Fundação Kiyomi Fujima e Luigi Repetto para as Artes Performativas e promove intercâmbios internacionais, através da educação e formação em artes na Guiné-Bissau. Pratica e apresenta a dança japonesa clássica (Nihonbuyō) da qual obteve em 1989 a permissão de usar o sobrenome Fujima para ensinar o estilo Soke Fujima-ryu do Nihonbuyō, assumindo o nome artístico de Fujima Kiyomi, tendo atuado nos EUA (1981-1997) e no Tóquio (1992). Ex-banqueira internacional, dedicou 30 anos no apoio ao desenvolvimento e ações humanitárias com Unicef e PAM em Guatemala, EUA, Brasil, Itália, Tanzânia, África do Sul, Venezuela e Guiné-Bissau. É co-curadora para a participação da Guiné-Bissau na Exposição Internacional Triennale de Milão em 2025. Na Guiné-Bissau, foi condecorada com a Ordem Nacional de Mérito, Cooperação e Desenvolvimento.
Autodidata e conhecido pela sua formidável técnica na guitarra acústica, no baixo eléctrico e, também pelas suas composições, cujo conteúdo exalta as tradições e questões que preocupam os guineenses e a Guiné-Bissau: a situação das crianças e mulheres. Em 1990, decide mudar-se para Lisboa e, com o apoio da UNICEF, gravou “Mundo di Femia”, o seu primeiro disco a solo. Produziu o seu segundo álbum “Fundo di Matu” nos estúdios da EMI em Lisboa e duas das canções foram incluídas na compilação Palop África (música de Stern, 2001). “Paraíso di Gumbe” produzido por Lucy Duran e Jerry Boys, veio a público em Maio de 2003 pela BBC Late Junction. Fez um álbum "Alô Irmão" em parceria com o cantor espanhol Narf, consolidando a sua carreira internacional de músico. Ao longo dos anos, tem atuado e produzido com músicos africanos como Paulo Flores, Bonga, C4 Pedro, Soraia Ramos, os Calema e entre outros.
É bailarino com renome internacional, que aos seus cinco meses após entrar para a escola da Dança do Conservatório nacional, o seu professor levou-o ao concurso de dança no Algarve “Dançarte” e conseguiu conquistar o primeiro lugar. Em Junho de 2019 foi promovido a bailarino principal do Royal Ballet. Sambé tem uma carreira com vários prémios internacionais recebidos. Em 2018 foi considerado pela revista "Forbes" um dos mais destacados 30 jovens europeus com menos de 30 anos. Em junho de 2020, foi-lhe atribuída pela Câmara Municipal de Oeiras a Medalha de Mérito Municipal. A 10 de junho de 2022, foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
É artista plástica, cenógrafa e figurinista. Desenvolve projetos na interseção entre artes visuais e performance. É licenciada em Design de Comunicação pela ESAD – Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos/Porto e frequenta atualmente o mestrado em Teatro — especialização em Design Cénico na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Como criadora interdisciplinar desenvolveu o seu percurso entre as artes visuais, as artes performativas, a curadoria e o design. Foi mentora e co-fundadora da plataforma AKA – Art.Known.As, um projeto artístico de criadores negros. Foi também co-fundadora do coletivo “Leve-leve”, um projeto colaborativo sobre as expressões culturais da diáspora africana em Portugal. Desde 2018 colabora com o Teatro GRIOT, companhia de teatro dedicada à contra-memória na Europa, como cenógrafa, figurinista e designer de comunicação.
Membro da equipa fundadora da RDP-África, assina desde 1997 o programa diário mais antigo da estação, “Música Sem Espinhas” que se mantém no ar até aos dias de hoje, com versão rádio na RDP África e televisão, na RTP África. Entre os projetos de rádio em que está envolvido, destaque para o Consultório Jurídico que apresenta semanalmente, em parceria com o jurista Adriano Malalane. É ainda o responsável pelos projetos: Disco da Semana (em formato diário e semanal). Atual Subdiretor da RDP África e responsável pela programação do canal, é o representante português no Top internacional ” World Music Chart Europe” e no grupo de trabalho de World Music da European Broadcasting Union (EBU). Jornalista especializado em música africana e lusófona, é consultor em festivais de Músicas do Mundo e Africanas é regularmente convidado para membro de júri de concursos internacionais de música.
Conselheiro do diretor geral do Museu das Civilizações Negras, Ousseynou Wade possui uma vasta experiência na área da política cultural e da gestão artística. Durante muitos anos foi conselheiro principal no Ministério da Cultura, tendo depois assumido as funções de secretário geral da Bienal de Arte Africana Contemporânea. Em 2013, deixou a Bienal para desempenhar o cargo de Diretor das Artes. Com o objetivo de fomentar uma reflexão crítica sobre a Arte Contemporânea em África, Ousseynou inaugura a publicação da AFRIK’ARTS, revista de Arte que através de seis números terá estimulado contribuições críticas sobre a Arte Contemporânea em África e divulgado, de maneira periódica, a atualidade artística em África. Atualmente Ousseynou Wade encontra-se associado a numerosos eventos culturais na qualidade de especialista, membro de júri ou como comissário de exposição.
É arquiteta e curadora independente, baseada em Luanda. Seu trabalho envolve artes visuais e práticas culturais, com enfoque na intersecção entre artes visuais, urbanismo, geopolítica e educação artística. Um aspecto significativo da sua prática envolve metodologias interdisciplinares e um foco em leituras contemporâneas de temas históricos, e debruça-se por discursos pós-coloniais no contexto do Sul Global. Atualmente é presidente do comitê artístico da Nesr Art Foundation, curadora da Secção Africana da Arco Lisboa, e membro do Conselho curatorial do Hangar – Centro de Investigação Artística e integra o Comité de aquisições do Centro de Arte Moderna (Fundação Calouste Gulbenkian). Foi galardoada com o Leão de Ouro de melhor participação nacional na Bienal de Veneza em 2013 e recebeu diversas distinções.
Possui um MPA/Mestrado com Honras em Ciências Económicas Policy and Management pela Universidade de Harvard e é bacharel em Economia e Comércio Internacional pela Sciences Po e ILERI. É fundador da Orango Investment Corporation, uma empresa de investimentos estratégicos por meio da qual é realizado o pleno potencial do Acordo de Livre Comércio Continental da África, e co-fundador da New African Capital Partners, uma plataforma de investimento projetada para investir em setores em crescimento em todo mercados emergentes. Atualmente é o Presidente do Conselho Consultivo da Câmara de Comércio da África do Sudeste Asiático (ASEACC), Co-Presidente da Iniciativa Afrochampions, membro do Conselho do fundo especial COVID-19 da União Africana, membro do Pan Comitê e Diretor do African Conservation Trust (APACT). Tem assessorado estratégias, projetos estruturantes e iniciativas no continente africano.
É formada em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade de Chile em 1969. Trabalhou de 1970 a 1973 no Conselho Nacional de Desenvolvimento Social da Presidência da República do Chile durante o governo de Salvador Allende na coordenação de programas culturais nacionais. Na Guiné-Bissau fez parte da equipa do Centro Audiovisual do Ministério da Educação, trabalhou na edição da Revista Educação, em animação cultural nas empresas Cicer e Socotran, e mais tarde foi investigadora no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, trabalhando no Departamento de Publicações. É coautora, com Carlos de Morais, das recolhas de literatura oral N sta li, N sta lá; Junbai, stórias de Bolama e do outro mundo; Uori, stórias de lama e philosophia, e da coleção de contos No Bai, publicada pela editora Ku Si Mon, da qual é co-fundadora. São também da sua autoria o ensaio As Enxadas do Rei e o dicionário analógico Kriol Ten.